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Uma nação ligada às máquinas
A China é um país com uma cultura
milenar, repleta de simbolismos e de festividades – celebradas a preceito.
Quando é tempo de celebração, ninguém pára os chineses. Há dragões, há macacos,
há deusas e deuses.Uma cultura dona de imperadores, de
uma cidade proibida, de uma imensa muralha e de beleza inigualável. Dividida
por tribos, com mais de cem dialectos, a riqueza cultural deste gigante pedaço
de terra seria apaixonante.
Seria?- Sim, seria se não fosse uma nação
ligada às máquinas.
Reformulando, é, mas a base que nos
encanta foi substituída por máquinas. Ainda se celebra, ainda se reza aos
Deuses... e pede-se que haja fortuna.
Fortuna para se ligarem às máquinas. Quem
ganha com isto são as marcas da tecnologia e os casinos.Com um dito socialismo a dar dinheiro
a uma classe média que de repente enriquece, é hora de viajar pelas cidades
ricas que a Mãe Pátria criou. Uma espécie de feira popular espalhada pelo Continente.
De Singapura a Taiwan, de Cantão a Macau há que divertir os chineses novos
ricos.
Com os bolsos cheios e os olhos
ofuscados pelos néons de casinos e de grandes empreendedores chega-se a Macau.
A hora é de jogar que há sempre um jackpot anunciado. Para os mais
desfavorecidos há milhares de slot machines, que se dão prémios não sei, mas
que estão sempre cheias de tentativas, lá isso estão! A qualquer hora do dia
e da noite.
Há um casino que é Veneza, há outro
que é um palácio oriental, desenhado de forma a anular a vizinha veneziana, à
moda do Fong Seui. Daqui a uns tempos há uma Torre Eiffel, não uma réplica, não
à mesma escala de Las Vegas, mas sim, metade da original. E claro, há os
casinos Lisboa.
E lá dentro há chineses com fartura... ligados às máquinas. E a serem felizes! De frisar que a população indiana nos
referidos espaços tem tendência a aumentar.
Saídos dos casinos há uma toda geração
ligadas aos chamados telefones espertos. Grandes tijolos, ou computadores em
miniatura, estes telefones são a sensação. Eles mandam mensagens, e mails,
mensagens de voz, jogam e estão sempre conectados. E os chineses a carregar. A
toda a hora, seja a comer sozinho ou com amigos, sozinho ou em casal, há sempre
espaço para um joguinho. Tempo para conversar e namorar não é preciso, porque
dali a instantes já estão a enviar mensagens de voz numa certa e determinada
aplicação. E falam para os telemóveis espertos e eles respondem e é uma alegria –
que eles riem-se muito.
Macau é a Disneyland dos adultos, a
cidade do pecado de pecadores e não pecadores. Uma cidade com uma complexidade
fácil de entender, de gostar e de odiar.
Belo post. E como o continente, fascinante.
ResponderEliminarGracias Paulo.
EliminarExcelente imagem!
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